A seleção brasileira está abandonada! A desorganização em campo (por mais que ontem estivesse um pouco mais organizada) é reflexo do comando e não falo técnico, mas sim do presidente Ednaldo Rodrigues. A camisa, que era para ser a mais pesada do futebol mundial, está largada.
A amarelinha não mete mais medo e as cinco estrelas em cima do escudo da CBF são meras recordações do tempo que o futebol brasileiro era forte. Não estou aqui para criticar o Fernando Diniz, ele foi jogado em uma fogueira, dividindo o comando técnico da seleção junto ao Fluminense. Não tem como dizer não para o escrete canarinho.
O Brasil não vem de resultados ruins só agora, basta ver na Era Tite, apesar do domínio absoluto nas Eliminatórias, competição que não vale nada ficar em primeiro lugar, a seleção sempre sofreu contra adversários infinitamente mais fracos.
Lembram do último título da seleção na Copa América 2019? Empatamos em zero a zero com a Venezuela na fase de grupos e depois pelo mesmo placar contra o Paraguai nas quartas de final, onde nos classificamos nos pênaltis por 4 a 3. Além de um jogo sofrido contra Costa Rica na Copa do Mundo 2018 na fase de grupos.
De 2019 até o fim da Era Tite o Brasil acumulou empates contra as fortes seleções de: Panamá (2019), Senegal (2019) e Nigéria (2019). Além de derrotas históricas contra Camarões, primeira vez que o Brasil perdeu para uma nação africana em Copa do Mundo e contra Croácia, nos pênaltis, e Bélgica nas quartas de final das Copas de 2022 e 2018.
É inegável que o Tite teve 80,2% de aproveitamento no comando da seleção, teve só 6 derrotas, sendo duas em Copa do Mundo (Camarões e Bélgica), além de três revés contra a Argentina, dois amistosos e a final da Copa América 2020. A outra derrota de Tite foi contra o Peru em um amistoso em 2019.
A CBF sempre soube que Tite não ficaria no comando técnico após o mundial de 2022, e o que o presidente Ednaldo Rodrigues fez? Procurou alguém no nível do Tite para assumir em 2023? Nada, deixou rolar para ver o que aconteceria. Sabe qual o resultado disso? Dois técnicos interinos em apenas um ano na seleção.
Ah, também tivemos resultados históricos nesse primeiro ano pós Copa e que deveria servir como início de um trabalho visando o Mundial de 2026. Perdemos para Marrocos e Senegal com Ramon Menezes no comando, tivemos três derrotas seguidas nas Eliminatórias (Uruguai, Colômbia e Argentina) com Diniz como técnico. Além de pela primeira vez na história o Brasil ser derrotado em casa em uma partida nas Eliminatórias.
Diniz e Ramon possuem culpa pelos resultados também, mas uma culpa pequena. O maior culpado é o Ednaldo Rodrigues que insiste que Carlo Ancelotti será o técnico do Brasil a partir de junho de 2024. Bom, o técnico italiano nunca confirmou nada e o Real Madrid abriu conversas para renovação do contrato.
Se o Ancelotti não vier, o que esse colunista aqui acha que vai acontecer, quem será o técnico da seleção? Fernando Diniz? Outro? O que o senhor Ednaldo vai fazer?
Resta lamentarmos o péssimo ano da seleção e torcermos por um futuro melhor, visto que hoje nosso manto não assusta mais ninguém. A verdade é que o presidente Ednaldo Rodrigues deixou abandonado o maior patrimônio nacional.