A Seleção Brasileira de atletismo paralímpico que vai participar do Mundial da modalidade, a partir do dia 8 até 17 de julho deste ano, em Paris, na França, terá um competidor de 16 anos e quase 60% da equipe sendo atletas com deficiência física. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou a convocação de 51 atletas e 11 atletas-guia para a competição.
O Mundial de atletismo de Paris é o primeiro após os Jogos de Tóquio 2020 e deve ser o maior evento paralímpico a ocorrer na capital francesa antes dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. A competição será realizada no Estádio Charlety, que já sediou etapas do Grand Prix da modalidade.
De acordo com o levantamento do departamento de Esportes de Alto Rendimento (DEAR) do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), 31 dos 54 atletas que vão representar o país na competição na França têm deficiência física (ou 57,40% do total).
Estão entre eles nomes como o velocista paraibano Petrúcio Ferreira, da classe T47 (com deficiência nos membros superiores), o lançador mineiro Claudiney Batista, da classe F56 (que competem sentados), e a lançadora baiana Raissa Machado, também da F56, entre outros.
Também serão 17 atletas com deficiência visual, uma representatividade de 31,48% do total da Seleção Brasileira de atletismo. O lançador paulista Alessandro Silva (F11), a velocista acreana Jerusa Geber (T11), e o corredor capixaba Daniel Mendes (T11) estão entre eles.
Já competidores com deficiência intelectual serão apenas seis (ou 11,12% do total), como o velocista paulista Daniel Martins, da classe T20.
Além disso, a delegação brasileira que disputará as provas de pista e campo no Mundial de atletismo terá 33,33% de atletas mulheres – são 18 ante os 36 homens competidores.
Já o atleta brasileiro mais novo que estará na capital francesa será o paulista Vinicius Krieger Quintino, da classe T72 (que disputam a petra), que compete pela Associação Paradesportiva JR-SP. Durante o Mundial, ele terá 16 anos e 11 meses.
Será a maior delegação do país na história dos Mundiais da modalidade. Antes, a maior equipe brasileira de atletismo em Mundiais havia sido em Dubai (EAU) 2019, quando o país convocou 43 atletas. Naquela ocasião, os brasileiros fizeram a melhor campanha da história do país na competição, na segunda colocação do quadro geral, com 39 medalhas no total: 14 de ouro, nove de prata e 16 de bronze.
O desempenho superou o resultado da edição de Lyon 2013, que até então era a melhor performance nacional, com 16 ouros, 10 pratas e 14 bronzes, na terceira posição geral.
Ainda de acordo com o levantamento do departamento de Esportes de Alto Rendimento (DEAR) do CPB, o Brasil já conquistou 215 medalhas na história dos Mundiais de atletismo – sem considerar a participação do país na edição de Birmingham 1998 por falta de dados do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês). Foram 74 ouros, 65 pratas e 76 bronzes.
Toda a Seleção Brasileira de atletismo se reunirá no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, a partir do dia 29 de junho e viajará em voo direto para a capital francesa no dia 2 de julho.