Como já dizia Ronaldinho Gaúcho “Estão deixando a gente sonhar”. O judô brasileiro começou a temporada de 2023 a todo vapor e com resultados muito expressivos. Um ano de muito trabalho e de testes, já que falta pouco mais de um ano para as Olimpíadas de Paris.
Não podemos dizer que a seleção brasileira tenha renovado todo o seu quadro de atletas e por isso os resultados foram melhores, mas a sim que a geração que disputou os Jogos de Tóquio está mais experiente dentro do Circuito Mundial e consequentemente melhorando a sua capacidade técnica.
Além dos mais experientes e já medalhistas olímpicos, uma das boas “surpresas” foi a evolução de Daniel Cargnin na categoria leve. Após subir uma categoria de peso, o medalhista em Tóquio mostrou que não foi sorte a sua medalha no Mundial de 2022, se colocando entre os 4 melhores judocas do mundo até 73kg.
Outras evoluções que são perceptíveis são a de Rafael Macedo (-90kg), Leonardo Gonçalves (-100kg) e João Cesarino (+100kg), ambos da Sogipa, que fizeram boas campanhas em Grand Prix e Grand Slams esse ano. Inclusive Leonardo subiu no pódio em Tel Aviv.
No feminino quem se destacou recentemente foi a jovem atleta paranaense Natasha Ferreira (-48kg), da Sociedade Morgenau. Natasha conquistou o bronze recentemente em no Grand Slam de Tel Aviv e se mostrou capaz de continuar brigando pelo pódio no Circuito. Natasha ingressou definitivamente na seleção brasileira há pouco tempo e se o ranking fechasse agora, já estaria classificada para Paris.
Fato é que é notável a evolução do judô brasileiro de certo tempo para hoje em dia, e vemos com bons olhos que essa evolução tende a continuar crescendo ao longo do ano. Minha esperança é que chegaremos mais maduros em Paris e continuar com a tradição de medalhas em Jogos Olímpicos.