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O Rei nunca vai perder a sua majestade

Edson Arantes do Nascimento, ou Rei Pelé, faleceu nesta quinta-feira (29) no Hospital Israelita Albert Eistein

29/12/2022 às 16h02 Atualizada em 29/12/2022 às 16h07
Por: DANILO GEORGETE
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O Rei nunca vai perder a sua majestade

"Por mais que a gente viva, nunca esquece a juventude", essa é a primeira frase do capítulo 1 da autobiografia de Pelé. E a juventude dele nunca será esquecida por quem ama o velho esporte bretão. No dia 23 de outubro de 1940 nasceu aquele que seria conhecido pelo mundo como Rei do futebol, quis o destino que ele eternizasse a camisa 10.

É por ele que temos a mística de quem usa a 10 é craque e isso não vale só pro Santos ou seleção brasileira, mas para todos os clubes. Pelé foi o primeiro camisa 10 de uma dinastia. Ainda em sua juventude foi coroado Rei, com apenas 17 anos encantou o mundo e levou para seu Dondinho a Copa tão prometida em 1950.

Pelé era mítico, místico, mágico, incrível. Com a bola nos pés criou momentos eternizados, o soco no ar, as jogadas plásticas e eternizou gols que não aconteceram. Até hoje, e sempre será assim, um gol do meio campo levará a alcunha de: o gol que Pelé não fez!

Nos gramados de Vila Belmiro eternizou um manto branco, um clube, um escrete que jamais o futebol voltará a ver. Seus companheiros eram também seus súditos, a torcida era a plebe e o mundo viu estarrecido um clube fazer história e ser até hoje a casa eterna do Rei.

Um reinado que durou quase que toda a vida no Brasil, mas que também fez história e foi de suma importância para a paixão do norte-americano pelo futebol. Um Rei que com as cores verde e amarela ganhou três Copas, um Rei que no alto dos seus 29 anos decidiu jogar e brilhar uma última vez em uma Copa do Mundo. 

Um Rei que deixa um país órfão em um momento que mais o povo precisava dele, um Rei que se vai quando a alma do futebol brasileiro parece adormecida e com saudade dos tempos de glória vividos pelo Rei. 

Um Rei que brilhou nos campos, encantou o mundo, um negro que foi exaltado como o maior da história. Um Rei que foi capaz de parar uma guerra para que pudessem ter o prazer de ver ele desfilar em campo. Nós nunca vamos esquecer de sua juventude, do seu amor pela bola, do seu amor pelo Santos e pela seleção brasileira.

Nascido em Três Corações (MG), o Rei viveu por 82 anos até seu coração parar de bater e deixar a tristeza e saudade no ar.

O Pelé se vai, mas o seu reinado sempre vai existir. Pois o Rei nunca perde a sua majestade e o seu trono nunca será ocupado. 

Muito obrigado, Rei Pelé!

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