Hoje vou usar minha coluna que sempre abordo histórias olímpicas para contar mais uma, mas usarei um pseudônimo para falar da pessoa que será a protagonista dessa coluna hoje: Caju Ninguém!
Eu sempre acompanhei a trajetória de Caju Ninguém, era fã demais do jornalismo que ele produzia, dos comentários nos programas que participava, gostava muito de seu trabalho, até que um dia tive o "prazer" de conhece-lo pessoalmente.
Nos Jogos Olímpicos do Rio era normal a gente trocar figurinhas com outros colegas, fosse nos ônibus que nos levava às competições, ou no MPC - que era onde toda a imprensa mundial se concentrava para escrever e contar histórias dos Jogos.
Quando nós brasileiros víamos outro brasileiro era normal a conversa, um "oi, tudo bem?" aquela educação clássica e conversa informal mesmo com alguém que você não conhecia. Por diversas vezes recebi cumprimentos de colegas da Globo, SporTv, Record, ESPN, Folha de São Paulo, entre outros.
E quando comecei a conversar com vários jornalistas e ter umas trocas bem interessantes, ficava pensando quando iria ter a oportunidade de conhecer o Caju Ninguém. Eis que a oportunidade surgiu, ele entrou no mesmo ônibus que eu e vários outros jornalistas brasileiros, ele olhou para todos, mas o olhar não era de um "oi, tudo bem?", nem tampouco explanou as palavras.
Era um olhar de soberba, de arrogância, passou por todos e não falou com ninguém, não abriu a boca. Aliás, nem escutei a sua voz durante o trajeto.
Pensei "ah, vai ver estava cansado, outro dia vai cumprimentar todo mundo". Doce ilusão, encontrei ele em outras ocasiões, com a mesma soberba e arrogância, características totalmente diferentes do profissional que via na televisão e quem escrevia textos extremamente propícios e ácidos no jornalismo esportivo.
Me decepcionei, nunca mais o olhei com os mesmos olhos e nunca mais li um texto dele com a mesma empolgação. Aliás, acho que ele se perdeu e muito nos últimos anos, talvez aquela soberba e arrogância que vi em seus olhos ele começou a transparecer para seus textos.
O Caju Ninguém se acha o Rei do Jornalismo esportivo, maior que tudo e todos, crítica com maestria, mas nunca aceita uma crítica. Típico de quem é arrogante.
O duro é que esse tipo de jornalista está cada vez mais evidente, ainda bem que são da Velha Guarda e logo estarão extintos das redações brasileiras, pelo menos assim espero, eu que sou jornalista diplomado diferente dessa Velha Guarda arcaica que ainda "faz" jornalismo por aí.